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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

SANEAMENTO BÁSICO - O FILME

O gaúcho Jorge Furtado é um dos cineastas mais prolíficos do Brasil. Para alcançar tal posto, em um país conhecido por impor grandes dificuldades aos diretores menos conhecidos, Furtado usa uma receita simples: histórias leves e bem-humoradas, atores conhecidos e um produtor de renome (Guel Arraes). “Saneamento Básico – O Filme” (Brasil, 2007) segue a linha dos anteriores “O Homem que Copiava” e “Meu Tio Matou um Cara”, e tem um trunfo extra: a metalinguagem utilizada de forma acessível. Desta forma, Furtado providencia um curso básico de cinema para amadores e ressalta a dificuldade de fazer filmes sem recursos. Ao mesmo tempo, ainda corta na própria carne, ao levantar uma questão incômoda: faz sentido investir dinheiro público em cinema, num país em que a maior parte da população não possui nem mesmo esgotos decentes?
Para preparar “Saneamento Básico”, Furtado seguiu fielmente a cartilha do mentor, Guel Arraes, para quem escreve textos (no cinema e na televisão) há vários anos – ou seja, planejar o roteiro de forma extremamente elaborada, de forma a reduzir a fase de filmagens e, desta forma, economizar dinheiro. O gaúcho levou dois anos para finalizar o texto do longa-metragem, cuja história é bastante simples mas também muito rica, cheia de camadas extras de significado (para quem quiser descobrir). As filmagens duraram menos de um mês e, desta forma, Furtado conseguiu atrair para o filme um elenco respeitável: Fernanda Torres, Lázaro Ramos, Paulo José, Bruno Garcia, Tonico Pereira, Wagner Moura e Camila Pitanga. Com os dois últimos, ainda ganhou um bônus, já que o filme foi lançado num momento em que ambos estão em evidência, devido ao enorme sucesso alcançado pelo par romântico na novela “Paraíso Tropical”, da TV Globo.

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