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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

OU TUDO OU NADA

Seis trabalhadores desempregados ficam tão desesperados que, apesar de não formarem um grupo de homens sexualmente interessantes ou serem bons dançarinos, decidem fazer um show de striptease, no qual se mostra tudo. a verdade, o que os motiva é arrecadar um bocado de dinheiro. A partir deste mote narrativo, The Full Monty expõe, em tom de comédia, com uma envolvente trilha musical, a constituição do grupo, seus dramas pessoais, medos e ansiedades ligados ao novo desafio de se desnudar por uma noite para um público de mulheres. A partir de The Full Monty pode-se discutir a crise do emprego industrial, em virtude da reestruturação produtiva da indústria inglesa da era neoliberal e suas implicações na subjetividade operária.
O drama do desemprego implode identidades pessoais, de gênero e de classe, constituídas no período de desenvolvimento do capitalismo industrial. O capital em sua sanha de reestruturação produtiva, deslocando e tornando obsoletos homens e territórios de produção, expõe dramas existenciais singulares. É o que The Full Monty tenta traduzir através de um mote narrativo curioso e intrinsecamente metafórico: desempregados montando um show de striptease, buscando se desnudar para um público de mulheres curiosas.
Na verdade, os desempregados ao buscarem se despir em público, apenas expõem a sua condição de nudez social, “sem lenço, nem documento”, como diz a canção, sem perspectivas de vida e de emprego. Os personagens centrais em The Full Monty – expressão inglesa que significa “os que estão totalmente pelados”, estão “pelados” em duplo sentido – tanto no sentido de dançarinos stripteaser, quanto no sentido de homens desnudados de si e de sua condição de classe que vive do trabalho.

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