É um belo filme, uma bela lição sobre a questão da velhice.
Tem um humanismo, uma admiração pelas pessoas simples, como só o cinema italiano é capaz; a italiana é uma cinematografia cheia disso, desse amor apaixonado pela humanidade.
Não achei muitas informações sobre Gianni Di Gregorio na internet. Ele tem vários trabalhos como roteirista – é um dos autores do roteiro de Gomorra, um filme elogiadíssimo; já foi assistente de direção. Este aqui foi seu primeiro trabalho como diretor. E isso é impressionante, porque o filme parece de um diretor maduro, experiente, veterano.
As quatro senhorinhas que interpretam Valeria, Marina, Maria e Grazia – todas elas com os mesmos prenomes que têm na vida real – nunca haviam trabalhado em um filme antes. Isso é sensacional: um diretor estreante, trabalhando, com brilho, como ator, e dirigindo quatro velhinhas que nunca haviam estado diante de uma câmara.
Bem, falta dizer que Ferragosto, do título original, é, conforme informa a Wikipedia, um feriado italiano celebrado no dia 15 de agosto. Originalmente, estava relacionado à celebração do meio do verão e o fim do trabalho de colheita nos campos. Com o tempo, a Igreja Católica passou a adotar essa data para comemorar a assunção da Virgem Maria. Atualmente, Ferragosto é um feriado em que milhões de italianos saem de suas cidades natais.
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