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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

DÚVIDA

"O filme a "Dúvida", adaptação para a tela do livro que rendeu o prêmio Pulitzer ao dramaturgo John Patrick Shanley, debate uma das questões mais dramáticas da atualidade, a pedofilia. Não se trata, apenas, de um filme sobre os dramas internos a uma igreja católica em processo de modernização em meio ao Concílio Vaticano II. Trata-se sim de um dilacerante debate acerca das rotinas de nosso pensamento moral, que muitas vezes beiram o puro sonambulismo. Os personagens são um padre doce e pra frente, Philip Seymour Hoffman, a diretora e madre superiora antipática e careta, Meryl Streep, um triste aluno negro (estopim da trama), sua mãe e uma jovem freira ingênua. Estamos nos anos 60 -esse mito de revolução que fez das maiores utopias da modernidade um problema de quem transa com quem e quem fuma o que na era de aquários.Os anos 60, que inventaram bobagens como a figura do "jovem" como agente natural do "avanço", estão representados na trama pela tensão entre o padre legal e a freira opressora. Diga-se de passagem, os tipos funcionam: o padre é alguém que inspira esperança e amor pela humanidade, a madre superiora é mesmo alguém que não temos vontade de dar um bom dia no corredor.Tudo começa com as suspeitas da jovem freira de que algo esteja ocorrendo entre o padre legal e o menino negro -primeiro e único negro da escola. Uma série de eventos nos leva a uma cascata de dúvidas.A freira neurótica assume como verdade que o padre mente. Numa armadilha (jogando verde sobre uma suposta transgressão dele na escola anterior de onde saiu "misteriosamente", e colhendo a certeza acerca da vergonha desse "mistério"), a freira dá o xeque-mate, e o padre se demite. Entretanto, não teremos nenhuma prova de que tenha ocorrido algo entre ele e o menino negro.Sim, o padre legal pode ser um pedófilo.

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