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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A PARTIDA

O filme é uma aula sobre o rito de passagem - a morte e outras sutilezas da cultura oriental. Pode-se dizer que é um drama pequeno, cuja beleza está bastante ligada ao entendimento da essência da cultura japonesaVoltando ao filme, Daigo (Masahiro Motoki) um ex-violoncelista, que possuía um trabalho socialmente elevado de tocar numa grande orquestra em Tóquio, que, de repente, é dissolvida por seu dono. Decide voltar com sua esposa para o interior de Yamagata, cidade onde passou a infância. Lá consegue um inusitado emprego: torna-se um “nokanshi”, uma espécie de coveiro especial, mestre em lavar e vestir cadáveres. Essa função - uma antiga tradição japonesa, de deixar o morto limpo, belo e bem tratado para seu último momento, função antes exercida pelas famílias dos mortos, mas já meio esquecida e agora por conta de profissionais. Não se trata de agentes funerários, e sim de “artesãos” que restauram a imagem de amor e carinho, em meio à dor e ao luto.De início, Daigo hesita em aceitar o emprego, mas diante da boa remuneração, decide vencer o próprio preconceito frente à profissão e, a partir daí, desenrola-se as relações interpessoais ora conturbadas entre Daigo e a esposa e um amigo de infância; ora amistosa entre ele e seu chefe, ou a dona da Casa de Banho do lugarejo.O filme proporciona um mergulho nos reais significados da vida e vai levando ao expectador uma sensação semelhante. Tudo com muita sutileza e sensibilidade para que se tenha tempo de digerir o ocorrido. Não é choroso o tratamento dado ao tema, é emocional, portanto mais profundo. O filme não deixa de ser uma experiência compartilhada entre Daigo e o público. 
Curiosidades:
- A Partida é o tipo de filme que nunca chegaria aos cinemas brasileiros se não carregasse na bagagem o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2009.
- Há mais de 30 anos um filme do Japão não vencia nesta categoria; o último foi em 1975, com Dersu Uzala , de Akira Kurosawa.
-  O conflito entre o Japão moderno e o tradicional permeia toda a trama de A Partida.
- A Partida tem um toque de humor muito peculiar. 
- A trilha sonora é muito boa. E, a fotografia, também.

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