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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

ENTRE OS MUROS DA ESCOLA

Toda a ação de Entre os Muros da Escola (Entre les Murs, 2008) se passa nas salas, nos corredores e nos páteos de um colégio nos arredores de Paris, ao longo de um ano letivo. Mas o filme do francês Laurent Cantet (Em Direção ao Sul) evidentemente extrapola os muros e serve de comentário sobre a realidade no país - basta ver que não há negros e árabes (parcela significativa dos alunos) entre o corpo letivo, só na equipe de faxina.
É um drama contundente sobre o modo como a França lida com seus cidadãos saídos de ex-colônias, mas essa é a superfície. O vencedor da Palma de Ouro em Cannes 2008 tem muito a dizer também sobre a relação professor-alunos de modo geral, independente do contexto social. Mais do que contundente, é um drama sufocante sobre uma relação que acima de tudo é de poder - por mais que um professor tente se aproximar de seus estudantes, sempre vai existir uma barreira intransponível que os distancia.
Entre os Muros da Escola sufoca porque François, o professor protagonista (que "filtra" para nós não apenas as ações dos alunos como também dos outros professores), a todo instante busca uma cumplicidade impossível com seus alunos. Há os imigrantes africanos que trazem para a sala um histórico familiar em frangalhos, há o menino chinês que se esmera em matemática mas vai mal na aula de francês. O modo como François conversa com a classe dá a entender que, num ambiente tão heterogêneo, a única alcançar cada um dos alunos é falando-lhe individualmente. Mas o filme mostrará que, antes de qualquer coisa, impera ali a hierarquia.( Do site Omelete).

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