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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O PEQUENO TRAIDOR

Há tempos que um filme não me descia assim, tão redondo. E não estou me referindo à barriguinha saliente de Alfred Molina. Falo de um filme sincero, leve e encantador: O pequeno traidor, dirigido e roteirizado por Lynn Roth, baseado no livro Pantera no porão, do escritor isralense Amos Oz.
O filme retrata uma Jerusalém de 1947, às vésperas da decisão da ONU de criar um estado para os judeus na Palestina, até então militarmente ocupada pela Grã-Bretanha. Proffy, o menino judeu interpretado por Ido Port, sonha com uma terra livre, sem a presença dos britânicos – suas brincadeiras sempre envolvem o atropelamento, enforcamento ou esquartejamento de seus soldadinhos de chumbo de boina vermelha, que era a vestimenta dos militares. Junto com outros dois amigos, chega a criar a organização secreta LOM – Liberdade Ou Morte -, que planeja agir contra a ocupação como guerrilheiros. Por exemplo, botando pregos na estrada onde passam os veículos inimigos, ou escrevendo “British go home” no muro.
Proffy, um dia, acaba perdendo a hora do toque de recolher e é pego pelo Sargento Dunlop (Alfred Molina), que, ao invés de repreender ou punir o menino, decide dar a ele uma carona, desde que não saísse de casa depois do horário permitido. Os dois, então, acabam travando uma amizade. O sargento tem interesse no idioma local e na cultura hebraica, e o menino carece de amizades. Então, começam a se encontrar, e Proffy transfere a Dunlop a imagem paterna, ausente de sua casa, porque seu pai é frio e distante.
O grande lance do filme, para mim, é a situação da Palestina ser vista através dos olhos de uma criança de 11 anos. As conversas entre Dunlop e Proffy sobre política, sobre mulheres, sobre a vida são sensacionais.

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