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terça-feira, 23 de novembro de 2010

RAPSÓDIA EM AGOSTO

O problema que Kurosawa irá abordar no filme é o do rompimento dos laços entre as gerações bem como o resultado disso: a perda de memória, o esquecimento do passado, o desprezo pela história e pelo legado cultural deixado pelos nossos ancestrais. Um dos personagens do filme dirá que “para a maioria das pessoas a bomba é algo que já aconteceu faz tempo. Com o passar dos anos, as pessoas tendem a esquecer até as coisas mais escabrosas. Podemos permitir isso?”
Para a exposição deste problema, Kurosawa contrapõe o Japão de antes e o Japão de depois da guerra. O Japão de antes da guerra é representado por Kane, uma velha senhora de 80 anos, vítima da bomba nuclear lançada sobre Nagasaki. O Japão do pós-guerra será representado por duas gerações, a dos filhos e dos netos de Kane.
Quando os netos vão passar as férias de verão na casa da avó Kane, ficam desapontados porque  acham que ela é uma cabeça dura que não olha para o futuro, apenas para o passado. Ficam indignados por não terem nem televisão para se distrair.
Durante uma refeição, Kane diz que a comida estava deliciosa pelo fato dela estar reunida junto com os netos. Estes decidem, então, protestar dizendo que estavam ficando revoltados com a comida preparada pela avó. Explicam a ela, sem qualquer preocupação com os sentimentos que estavam ferindo, que a comida dela era uma gororoba incompatível com o paladar deles. A avó ouve tudo em silêncio e fica desolada. Os netos saem dando risadas contentes por terem conseguido o que queriam. A neta mais velha, Tami, iria passar a preparar as refeições dali em diante.

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