“A Felicidade Não Se Compra” (It’s a Wonderful Life, 1946, EUA). Com sensibilidade e sutileza, o diretor Frank Capra disseca a natureza humana e cria um ode à caridade, lança o sentimento que o altruísmo é capaz de vencer tudo, e que cada vida humana ao desfrutar de empatia encontra o caminho da felicidade. Não trata o diretor da idealização da felicidade, nem da felicidade ilusória, mas da real e concreta, daquela que apenas quem ama e é amado é capaz de sentir. Ao emoldurar na tela a história de um homem caridoso, mostra toda a sua decepção em face ao egoísmo humano, que como praga parece estar talhado no coração de todos a sua volta. Por sua incapacidade de ceder à comum prática do exclusivismo, pensa no suicídio como a saída para a dor de seu fracasso em dar o básico à sua família. O final do filme mostra a redenção como a maior glória, ressaltando o pequeno porém grande papel que cada um de nós desempenha ao simplesmente fazer aquilo que é certo.
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