PRAÇA NOSSA SENHORA APARECIDA,303 Sobreloja

AO LADO DA LIVRARIA SANTUÁRIO

ATENDIMENTO:
2ª A 6ªFEIRA DAS 8-11H30
E DAS 13H00 AS 17H30

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

AVATAR

Pode-se dizer que "Avatar" é um filme de guerra com um olhar odara. Já foi chamado de Pocahontas-da-ficção-científica. Pode ser, não importa. O certo é que se trata de uma colagem de muitos signos, um longo trem de simbolismos puxados pela locomotiva do discurso ecológico. Usa e abusa da linguagem dos quadrinhos, da animação gráfica, das novíssimas tecnologias, de efeitos chamados especiais, de técnicas outras que fazem suporte para a velha e boa linguagem cinematográfica, que visam sobretudo causar impressões e emoções nos espectadores de qualquer idade. E consegue. Embora, o texto por vezes não seja bom. A história é banalíssima e o romance de "Avatar" é primário-açucarado. Mas, o pacote final acaba sendo satisfatório como espetáculo no contrapelo do pensamento hegemônico.
James Cameron usa o espetáculo para alertar, fazer refletir e denunciar o plano inclinado no qual resvala o mundo da mercadoria na sanha destrutiva da Natureza. Cameron mostra de forma didática que Homem-Natureza é uma coisa só, que tudo está interligado e conectado, e que corremos risco - sim - se ousarmos continuar cortando essa costura delicada de compromisso vital com o planeta que habitamos. Tem uma passagem quase poética, lembrada pela "mocinha" Na'vi, a guerreira Neytiri: "Podemos usar toda a energia que quisermos, mas um dia temos que devolvê-la à Natureza". Ponto. Não há discussão que consiga refutar esse princípio universal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário