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quarta-feira, 13 de julho de 2011

UMBERTO D

Considerado o grande filme de Vittorio de Sica ao lado de Ladrões de Bicicletas (embora bem menos popular do que este último), Umberto D. conta, em sua narrativa, os problemas enfrentados por um senhor aposentado em uma Itália afundada na crise econômica. Apesar de possibilitar várias leituras, considerando os contextos políticos (governo irresponsável), sociais (crise de emprego) e até mesmo geográficos (Itália pós-guerra), a minha preferida é a mais óbvia, e é a leitura que vem da enorme sensibilidade da história. Umberto D. faz de tudo para sobreviver (dê uma ênfase ao prefixo “sobre”), e acompanhar sua jornada é simplesmente emocionante.




Apesar de se passar na Itália em um período específico da história daquele país (o pós-Guerra, quando a inflação devorava rapidamente o dinheiro do povo), a situação de Umberto Ferrari é atemporal e, também, poderia se passar em qualquer país. Desde os problemas comuns e mais abrangentes como o abandono dos idosos, governo irresponsável, arrogância dos ricos para com os pobres; até situações mais pessoais, como a solidão e a tristeza. O filme funciona como um prato-cheio de emoções tristes. Não há como não torcer para que Umberto encontre um final feliz. Mas, ao fazer isso, o espectador sabe que pode estar se enganando: como terminar bem com um cenário tão ruim ao seu redor?

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